Todo artista vai onde o povo está.

Filho de pai ator e cantor, Gilberto Medeiros, Fabiano é irmão do também ator Joelson Medeiros.Formou-se em matemática na Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná e por 10 anos foi funcionário do Banco do Brasil. Durante todo esse tempo dividia-se entre os “números" e as artes do canto, dança e interpretação até desligar-se para dedicar-se integralmente as artes.

”Um artista que vem de Curitiba onde nasceu, aprendeu e convive com a diversidade cultural. Cantor e ator, ele flerta com o experimental e não tem medo do vermelho sangue latino que corre nas veias de todo o Brasil. É assim que Solano Ribeiro apresenta Fabiano Medeiros.”

fonte: Culturabrasil.cmais.com.br - Solano Ribeiro e a nova música do Brasil

Em 1994, em Curitiba, fundou juntamente com Grace Torres e Ulisses Galetto o "Grupo Fato” que busca a valorização da música regional paranaense com uma estética poética, pitadas de experimentalismo, vanguarda e performances integrando artes plásticas, música e teatro. Em 1997, Alexandre Nero assume os vocais com a mudança de Fabiano Medeiros para o Rio de Janeiro.

”...em 97, o diretor teatral Gabriel Villela convidou Fabiano para participar do show Tambores de Minas, de Milton Nascimento. Inicialmente, a sua participação seria como backing vocal, mas o cantor conquistou espaço e ganhou um solo, acompanhado pelo próprio Milton no violão e em vocalizes.”

fonte: Portal SESCSP - 2012-11-29

Fabiano Medeiros chega ao Rio de Janeiro já integrando o elenco do show “Tambores de Minas” de Milton Nascimento. (Ref.) Sua experiência com o Milton não poderia ser melhor, pois recebeu de presente o convite para cantar “Caçador de mim” no espetáculo, juntamente com Toninho Marra e o próprio mestre Milton Nascimento no violão e vocalizes. Além dessa grande experiência, Fabiano teve a oportunidade de conviver com uma equipe de primeira linha como: Gabriel Villela, Teca Ficinski, Maneco Quinderé, Vivien Buckup, Babaya, Túlio Mourão, Fábio Tavares, Robertinho Silva, Lincoln Cheib, Gringo Cardia, entre outros. A banda era composta por músicos como: Kiko Continentino(teclados), Lincoln Cheib(bateria), Luiz Alves(contrabaixo), Paulo Guimarães(flautas), Robertinho Silva(percussão), Ronaldo Silva(percussão) e Túlio Mourão(teclados). Do elenco, além de Fabiano Medeiros, faziam parte: Fábio Tavares, Felipe Grinnan, Rogério Romera, José Geraldo Filé, Luiz Borges, Maurício Vogue e Pablo Colbert.

”É impossível falar de Fabiano Medeiros sem usar superlativos. Desde muito cedo Fabiano combina em suas pesquisas teatro com música, buscando nessas duas fontes que tem demais requintado para servir seus propósitos de artista de palco. Se ele tem como padrinho Milton Nascimento e a voz de Milton é a voz de Deus, como Elis Regina já o disse, prepare-se para um dueto entre Deus e um Querubim. Palavra de Arcanjo.” (Gabriel Villela - diretor de teatro, cenógrafo e figurinista)

Integrou por dez anos a premiada "Armazém Cia. de Teatro" dirigida por Paulo de Moraes, atuando em peças de sucesso como “Alice Através do Espelho”,”Da arte de subir em telhados”, “Toda nudez será castigada”, entre outras. Foi também onde  Fabiano Medeiros conheceu sua amiga, também cantora e atriz Simone Mazzer.

“Fabiano Medeiros é um tipo de artista raro, que consegues ser tão bom ator quanto cantor, um tipo raro porque alia técnica e sensibilidade, precisão e intuição. Consegue fazer com que sua voz seja um instrumento preparado para os melodias e para compreensão das palavras comunicando de forma intensa tanto canções quanto personagens. Um tipo raro de artista que tem voz, corpo em pensamento.” (Paulo de Moraes – diretor da Armazém Cia de Teatro)

Gravou, em 2001, seu primeiro cd solo "Achado" com direção musical de Paulo Brandão. O álbum traz um repertório inédito e pesquisa de sonoridade. O trabalho teve shows realizados em projetos como: Encontros Musicais da Nova Safra da MPB, Novo Canto e Prata da Casa/SESC.

Integrou o elenco da peça ''Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, o Musical'' interpretando o cantor Ney Matogrosso com direção de João Fonseca e texto de Aloísio de Abreu que permaneceu em cartaz por dois anos consecutivos além de outras temporadas. No elenco da primeira temporada temos: Emilio Dantas (Cazuza), Susana Ribeiro (Lucinha Araújo), Marcelo Várzea (João Araújo), Yasmin Gomlevsky (Bebel Gilberto), Thiago Machado (Frejat), André Dias (Ezequiel Neves), Bruno Fraga (Maurício Barros), Bruno Narch (Serginho Maciel), Bruno Sigrist (Guto Goffi), Saulo Segreto(Dé Palmeira), Dezo Mota(Caetano Veloso), Sheila Mattos(Thereza), Juliane Bodini(swing feminino) e Oscar Fabião(swing masculino).

Sua performance como Ney Matogrosso lhe rendeu muitos elogios e em 2016 foi convidado para integrar a segunda temporada do musical "Rita Lee mora ao lado” adaptada do livro "Rita Lee Mora ao Lado — Uma Biografia Alucinada da Rainha do Rock", de Henrique Bartsch, com Mel Lisboa no papel principal e direção de  Débora Dubois e Márcio Macena, texto de Paulo Rogério Lopes. Fabiano Medeiros assumiu o personagem “Ney Matogrosso” no lugar de Fabiano Augusto (ator da primeira temporada). No elenco da primeira temporada temos: Carol Portes, Rafael Maia, Yael Pecarovich, Samuel de Assis, Fabiano Augusto, Débora Reis, Antonio Vanfill, César Figueiredo, Fábio Ventura, Flávia Strongolli, Nanni Souza, Nellson Oliveira e Talitha Pereira. No elenco da segunda temporada temos: Mel Lisboa, Tatiana Thome, Marcelo Szykman, Yael Pecarovich, Samuel de Assis, Fabiano Medeiros, Débora Reis, Antonio Vanfill, César Figueiredo, Fábio Ventura, Flávia Strongolli, Nanni Souza e Marcio Macena.

Em 2015, recebeu indicação de melhor ator coadjuvante no Prêmio Femsa pela sua atuação em "Canção dos direitos da criança", de Toquinho e Elifas Andreato, com direção de Carla Candiotto.

No espetáculo "A porta da frente” protagonizou como o crossdresser Sasha ao lado de Sandra Pêra, Miriam Mehler, Roney Facchini, Greta Antoine e Bruno Sigrist. (ref) Texto da autora Júlia Spadaccini ganhador do Prêmio Shell de 2013. O espetáculo teve a direção de Marcelo Várzea que também o dirigiu no espetáculo "Michel III” que recebeu o "Prêmio do Humor" (idealizado por Fábio Porchat) de melhor direção de 2018 e melhor texto por Fabio Brandi Torres.

Em 2008, juntamente com André Hã, fundou a produtora artística "Dona Sinhá Produções” que realiza projetos culturais, incluindo produções voltadas para o terceiro setor como a ONG Casa do Zezinho onde dirigiu e coordenou o projeto “5 Estações”, “Artitude” e “Ópera Suburbana”.

Como cantor, além do seu álbum "Achado", lançou o EP "Tresloucado" e os singles: "Augusta, Angélica e Consolação" composta por Tom Zé, "Tropicália" de Caetano Veloso e "Espumas ao Vento" de Accioly Neto. Em 2019 lançou a música "Telegrama", uma versão do grande sucesso de Zeca Baleiro com direito a um videoclipe gravado na Av. Paulista e no Parque do Carmo. 

2020, um ano atípico para todos nós, não intimidou Fabiano Medeiros que vem investindo cada vez mais em sua carreira de cantor, lançando vários trabalhos como: 1- o EP "Especial" em piano (Ju Cassou) e voz que lhe garantiu o 3º lugar de artista MPB no Paraná pela plataforma Palco Mp3, com produção musical de André Hã e composições do jovem poeta Trevisan. 2- Single "Sublime", composição de João Pinheiro e Dhenni Santos, com parcerias de André Hã na produção musical e arranjo, Luis Panini na guitarra, Pérsio Sani na bateria e Willy Verdaguer no baixo. 3- Single "Bicho eXquisito" de Claudio Olivotto e Sérgio Jatobá composta exclusivamente para Fabiano Medeiros. 4- Videoclipes das músicas “Sobra tanta falta”, “Sublime”, “Bicho eXquisito”, “Contra o comum”. 5- Participou do 10 festival Ziriguidum, que tem a curadoria de Cláudio Lins e Beto Feitosa. 6- Mais recentemente gravou uma composição inédita de Zeca Baleiro com produção musical de André Hã e com os músicos: Willy Verdaguer (baixo), Luis Panini (guitarra) e Pérsio Sani (bateria). Fabiano Medeiros e Zeca Baleiro dividem o vocal na música “Tempo Escuro”.

Biografia